Reunião de CMA

Dia Internacional da Mulher

SAUDAÇÃO
(8 de Março – Dia Internacional da Mulher)

A comemoração do Dia Internacional da Mulher tem um profundo significado histórico e uma renovada atualidade que importa dar a conhecer às novas gerações.

Proposto em 1910 por Clara Zetkin – revolucionária alemã, acérrima ativista na defesa dos direitos das mulheres – o Dia Internacional da Mulher tinha como objetivo erigir a luta organizada das mulheres, em cada país, contra a exploração e opressão capitalista, pela conquista de direitos económicos, sociais, políticos e culturais, pela transformação da condição social das mulheres e pela sua emancipação. Um dia para dar força à luta de todos os dias.

Desde então, um longo caminho tem sido percorrido, pelo reconhecimento dos direitos das mulheres, na lei e na vida, pelo desenvolvimento, contra a guerra e pela paz.

Em Portugal a comemoração do 8 de Março foi proibida sendo que os seus primeiros registos datam de 1953 no jornal Avante. A primeira manifestação do 8 de Março realiza-se no Porto em 1962 por um grupo de mulheres democratas e a partir de 1969 é assinalado pelo MDM – Movimento Democrático de Mulheres.

Em 1975, o MDM dinamiza as comemorações desta data em liberdade e democracia, uma data a que um número crescente de organizações e entidades se tem associado.

A atualidade de comemorar o Dia Internacional da Mulher mantêm-se porque é necessário continuar a prevenir e combater a exploração, desigualdades, discriminações e violências que incidem sobre as mulheres. Segundo dados da ONU Mulheres, atualmente as mulheres continuam a ganhar menos 23% que os homens, 1 em cada 3 mulheres já sofreu algum tipo de violência física ou sexual, mais de 200 milhões de mulheres e raparigas foram vítimas de mutilação genital e 12 milhões de raparigas, por mês, são forçadas a casar antes dos 18 anos, o que significa 23 mulheres por minuto, uma a cada 3 segundos. Acresce a gravidade da pobreza, da guerra que atinge muitos países, bem como o tráfico de mulheres e meninas para a prostituição.

Em Portugal, os profundos avanços na situação das mulheres, plasmados na sua forte presença no mundo do trabalho, em áreas como a cultura, a educação, a saúde, a ciência e investigação é acompanhada por obstáculos reais patentes na precariedade laboral, na desvalorização do seu trabalho e das suas competências. A exigência de igualdade no trabalho e na vida e de cumprimento dos direitos das mulheres continua a ser central.

Os órgãos de poder aos seus mais variados níveis têm responsabilidades na promoção da igualdade no trabalho e na vida e pelo cumprimento dos direitos das mulheres.

Os órgãos autárquicos pela sua proximidade à população devem assumir as responsabilidades nas suas esferas de competência na promoção dos direitos das mulheres, na valorização da sua participação aos vários níveis da vida local.

Assim, os Vereadores eleitos pela CDU propõem que a Câmara Municipal de Almada, na sua reunião ordinária de 7 de Março de 2022, delibere:

* Saudar nesta data todas as mulheres, trabalhadoras da autarquia, delegadas e dirigentes sindicais e de coletividades, dirigentes de organizações, que vivem, estudam e trabalham em Almada e que assim contribuem para o desenvolvimento e afirmação do concelho.

* Saudar todas as organizações que defendem as Mulheres e todas as iniciativas, nomeadamente a realização da Manifestação Nacional de Mulheres – a 5 de Março no Porto e a 12 de Março em Lisboa – promovida pelo Movimento Democrático de Mulheres (MDM), sob o lema “exigência de igualdade na vida, os direitos das mulheres não podem esperar”, que afirma importantes denominadores das aspirações de mulheres de diferentes camadas sociais, imigrantes e de diversas etnias.



Almada, 7 de Março de 2022
Os Vereadores eleitos pela CDU na Câmara Municipal de Almada


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