A candidata do Partido Socialista à Presidência da Câmara Municipal de Almada, Inês de Medeiros, produz em reportagem transmitida pela RTP no Jornal da Noite de 9 de setembro, declarações que a CDU da Almada considera fugirem à verdade dos factos. São por isso lamentáveis, inaceitáveis, e impróprias de qualquer candidato a um cargo de tão elevada importância.
Cada candidatura assume, necessariamente, as suas próprias opções e afirma as suas prioridades e convicções. Para a CDU, no entanto, a verdade, a honestidade e a seriedade são valores inalienáveis que devem prevalecer em qualquer circunstância.
Em nome desses valores, os únicos que garantem uma correta informação dos cidadãos e dos eleitores, e são capazes por isso de suportar uma opção de voto informada, fundada e consciente, a CDU denuncia por esta via a profunda hipocrisia que o discurso da candidata do PS encerra.
Inês de Medeiros apresenta-se a estas eleições representando um partido político que tem considerando os últimos dez anos ao nível do Governo da República, enormes responsabilidades relativamente à grave situação económica que afetam Portugal e os portugueses em geral.
Falando de Almada, os Governos do partido pelo qual a candidata se submete à votação popular, são responsáveis pelo abandono da Torre Velha (único Monumento Nacional existente no território do Concelho), pela venda a privados de património como o Lazareto e o Forte de Alpena, sem acautelar que os novos proprietários ficassem obrigados a intervir no sentido da sua recuperação e revitalização, pelo abandono do Forte da Raposeira e pela mais absoluta ausência de preocupação relativamente à necessária intervenção de regeneração e recuperação do Olho de Boi.
A CDU acredita que a candidata do PS possui consciência plena desta realidade. Mas mesmo na posse dessa consciência, a candidata não hesita em eleger o ataque irresponsável e mentiroso à gestão da CDU como arma principal da sua intervenção na reportagem emitida pela RTP, escolhendo o antigo Presídio da Trafaria para desferir um ataque sem fundamento à Câmara Municipal de Almada gerida pela CDU.
A candidata de um partido que possui tamanhas responsabilidades relativamente ao abandono de importantíssimo património histórico e cultural de Almada, decidiu escolher como mote para a sua campanha uma acusação infundada de abandono das questões patrimoniais pela gestão da CDU, precisamente uma gestão que, ao contrário dos Governos do seu partido, tomou a decisão de adquirir para o património do município o antigo Presídio da Trafaria.
Decorre aí, neste momento, um projeto consistente e coerente que se traduzirá na recuperação, regeneração e revitalização daquele antigo Presídio, enquanto elemento do património histórico e cultural da Trafaria e de Almada, mas também enquanto equipamento capaz de criar atração e apoiar o desenvolvimento económico e social daquela área do Concelho e de Almada em geral, tendo já sido recuperada a Capela, prevendo-se a instalação faseada de atividades de caráter cultural e associativo à medida em que a recuperação é feita, e onde será criada uma área reservada à memória daquele espaço enquanto presídio militar do fascismo em Portugal.
Perante esta realidade, a CDU apenas pode concluir que a candidata do Partido Socialista à Presidência da Câmara Municipal de Almada, que até há poucos meses não conhecia o Concelho como ela própria reconhece, errou também na rota escolhida e se encontra ainda muito distante da chegada a Almada!
https://www.rtp.pt/noticias/politica/cdu-bate-se-para-renovar-maioria-absoluta-em-almada_v1026118